Eu já devia ter feito isso há muito tempo, mas enfim. Eu não sou idiota, na verdade eu fui idiota, mas não sou, eu me fiz de cega, surda e muda, fingi que nada estava acontecendo, e continuei quebrando a cara. Acreditei pra caralho em tudo, acreditei em tudo que sempre foi nada, acreditei em coisas que só eu criei, coisas que eu pensei existir, mas só existiam pra mim. Eu me magoei, perdoei, ah... Como perdoei, cada erro, cada falha, cada tropeço, perdoei cada lágrima, cada sorriso, cada noite mal dormida, cada dia chato, cada conversa sem assunto, cada pensamento. Perdoei tudo. Fui compreensiva, isso foi o que eu mais fui, sempre tentava entender o que estava acontecendo, e entender o outro lado e não olhar só pro meu. Deixei meu orgulho de lado, coisa que eu não faço, coisa que eu não sei fazer. Enfrentei saudades, falta, tristezas, mentiras, distâncias. Enfrentei tanta coisa pra nada, quebrei a cara pra nada, perdoei pra nada. Eu sempre fui nada.
“Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando for a Londres, escutar Dream’ Bout Me ou ler Nick Hornby. E, por fim, que você continue a dançar na sala. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando.”
— | Tati Bernardi |
Tão desligada, tão atrapalhada… se irrita fácil e orgulhosa ao extremo,ciumenta compulsiva e possessiva. Para ela, é bem melhor ler um bom livro, ao conviver com as pessoas.Sua atividade predileta é dormir.Seus fones de ouvido, tocavam ao máximo sua música favorita.Vestia uns shorts rasgados, e umas blusas meio acabadas.Ela não era nenhum exemplo de beleza. Muito menos exemplo de delicadeza. Fora do padrão tinha um jeito único e nada invejado.Menina ingênua, menina boba. Acreditava em qualquer ‘‘eu te amo’’. Mal sabe ela que esta rodiada por pessoas que só querem o seu mal.Ela,só uma garota já cansou de chorar e de tanto correr atrás por quem não daria um passo por ela, cansou de ficar trancada em um quarto chorando.E agora ela apenas pretende se amar em primeiro lugar.
“Mas por mais que eu tente nunca esquecerei você. Nunca esquecerei essa sua mania de mandar em mim; e eu obedecer. Não me esqueço nem dos momentos que não foram eternizados pelas fotos, ou por beijos molhados. Não vou esquecer de sua voz ecoando meu ouvido, e nem de suas mãos minuciosa mente delicadas, é impossível esquecer alguém que se ama e eu amo você.Amo esse seu jeito idiota de ser, amo o seu olhar distante e sua voz baixa ao telefone. Amo a letra inicial do seu nome. Amo sem pedir nada em troca, porém espero que um dia você me ame como eu amo você, ou melhor: que um dia eu também seja inesquecível para você e que assim como eu, você lembre até do meu medo de palhaços.”
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